Apoiado pelo Programa COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade, o projeto “Rose4Pack” foi um dos vencedores da 7.ª Edição do Food & Nutrition Awards, na categoria de Investigação e Desenvolvimento, anunciados no passado dia 13 de outubro, no Centro de Reuniões da FIL.
1. Enquadramento
Desenvolver e avaliar a eficácia de uma nova embalagem alimentar ativa que incorporasse extrato de alecrim com propriedades antioxidantes; eis o desafio do projeto “Rose4Pack”.
Com inicio em Abril de 2013 e com uma duração de 24 meses, o projeto “Rose4Pack”, foi promovido por cinco instituições: Centro de Estudos de Ciência Animal (CECA), Universidade do Porto; Unidade de Investigação e Desenvolvimento, Departamento de Alimentação e Nutrição, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge; Centro de Estudos Farmacêuticos, Campus das Ciências da Saúde, Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC); IPC - Instituto de Polímeros e Compósitos/I3N, Departamento de Engenharia de Polímeros, Universidade do Minho (UM) e PlastEuropa Embalagens, S.A..
Cofinanciado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade no âmbito do SAESCTN (Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico), o projeto Rose4Pack envolveu um investimento elegível de cerca de 165 mil euros, a que correspondeu um incentivo FEDER de 140 mil euros. Em entrevista ao COMPETE 2020, Ana Sanches Silva, responsável pelo projeto e investigadora do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge revelou qual a mais-valia desta tipologia de projetos, que associou uma pluralidade de agentes económicos e de instituições de saber.
Ana Sanches Silva licenciou-se em Ciências Farmacêuticas, pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra e adquiriu o grau de Doutor em Farmácia pela Universidade de Santiago de Compostela, com louvor e distinção. É atualmente Investigadora Auxiliar Convidada do Departamento de Alimentação e Nutrição do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Lisboa).
Nos últimos anos tem participado e coordenado inúmeros projetos de investigação, nomeadamente na área das embalagens alimentares. É autora de mais de 80 artigos ou capítulos em revistas e livros científicos. Os seus principais interesses de investigação são o desenvolvimento de embalagens ativas e inteligentes, análise de contaminantes das embalagens alimentares com novas metodologias analíticas e estudos das interações embalagem-alimento.
Foi investigadora principal do projeto Rose4Pack que decorreu entre Abril de 2013 e Agosto de 2015, tendo-lhe sido atribuído o prémio Food and Nutrition Awards 2016 na categoria Investigação e Desenvolvimento.
2. Entrevista a Ana Sanches Silva | Responsável pelo projeto
> De forma muito sucinta descreva-nos o projeto e os resultados que obtiveram no trabalho de investigação
O projeto Rose4Pack teve como objetivo o desenvolvimento de uma embalagem biodegradável ativa com extrato de alecrim (Rosmarinus officinalis L.) para incrementar a vida útil dos alimentos. O Rose4Pack, que decorreu durante 2 anos e 5 meses, com início em Abril de 2013, foi um projeto de investigação financiado por Fundos FEDER, através do Programa Operacional Fatores de Competitividade – COMPETE (FCOMP-01-0124-FEDER-028015) e por Fundos nacionais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia (PTDC/AGR-TEC/3366/2012).
Em relação aos resultados obtidos, nesta altura, não podem ser divulgados detalhes, na medida em que se encontra a decorrer um processo de registo de patente nacional.
> Este projeto teria sido possível sem o financiamento do COMPETE?
Tendo em conta a dimensão do projeto, o financiamento do COMPETE foi, sem dúvida, decisivo na concretização dos objetivos iniciais.
> Como reagem as empresas a propostas de trabalho em consórcio, sobretudo quando se trata de desenvolvimento de produtos diferenciadores?
Hoje em dia, verifica-se uma alteração na mentalidade, quer dos consumidores quer da indústria, em particular da indústria alimentar e da indústria das embalagens para alimentos. Os consumidores estão cada vez mais informados e “exigem” alimentos de maior qualidade e mais seguros. Para satisfazer este requisito, a indústria alimentar está atenta a novas tendências e habitualmente mostra-se sempre muita interessada em desenvolver produtos diferenciadores que zelem pela saúde dos seus consumidores. Daí a importância de serem estabelecidos consórcios entre a indústria e unidades de investigação e desenvolvimento.
> A relevância nesta fase é a transferência da tecnologia para o mercado. Quais são as próximas etapas?
De momento, uma parte dos resultados do projeto foi submetida a processo de patente e encontra-se pendente de aprovação.
> Rose4Pack, já é uma patente nacional?
Como acabo de mencionar, ainda não. Estamos a aguardar a sua aprovação.
3. Síntese do projeto Rose4Pack
O projeto Rose4Pack é o acrónimo de Embalagem biodegradável ativa com extrato de alecrim (Rosmarinus officinalis L.). Este projeto de investigação abordou questões pendentes e relevantes sobre a nova geração de embalagens alimentares, tais como:
> As embalagens podem interagir positivamente com os alimentos embalados? > Uma embalagem ativa pode ser eficaz e segura simultaneamente? > Uma embalagem ativa pode ajudar a promover a qualidade dos alimentos e indiretamente a saúde do consumidor?
O projeto “Rose4Pack” visou desenvolver e avaliar a eficácia de uma nova embalagem alimentar ativa que incorpora extrato de uma planta com propriedades antioxidantes. Aliás, o fator crítico de sucesso deste projeto foi o uso de extrato de alecrim (Rosmarinus officinalis L.), o qual foi aprovado como aditivo alimentar (Diretivas 2010/67/EU e 2010/69/EU).
As novas embalagens ativas têm capacidade antioxidante devido à incorporação de compostos fenólicos. Assim evitam, ou pelo menos, atrasam a oxidação lipídica, aumentando o prazo de validade dos alimentos embalados. Como consequência as novas embalagens contribuem para a proteção da saúde dos consumidores porque permitem a ingestão de alimentos mais seguros durante mais tempo. Adicionalmente as novas embalagens podem permitir que sejam adicionados aos alimentos menores quantidades de conservantes ou mesmo que estes sejam isentos dos mesmos.
Fonte: Compete 2020
1. Enquadramento
Desenvolver e avaliar a eficácia de uma nova embalagem alimentar ativa que incorporasse extrato de alecrim com propriedades antioxidantes; eis o desafio do projeto “Rose4Pack”.
Com inicio em Abril de 2013 e com uma duração de 24 meses, o projeto “Rose4Pack”, foi promovido por cinco instituições: Centro de Estudos de Ciência Animal (CECA), Universidade do Porto; Unidade de Investigação e Desenvolvimento, Departamento de Alimentação e Nutrição, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge; Centro de Estudos Farmacêuticos, Campus das Ciências da Saúde, Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC); IPC - Instituto de Polímeros e Compósitos/I3N, Departamento de Engenharia de Polímeros, Universidade do Minho (UM) e PlastEuropa Embalagens, S.A..
Cofinanciado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade no âmbito do SAESCTN (Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico), o projeto Rose4Pack envolveu um investimento elegível de cerca de 165 mil euros, a que correspondeu um incentivo FEDER de 140 mil euros. Em entrevista ao COMPETE 2020, Ana Sanches Silva, responsável pelo projeto e investigadora do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge revelou qual a mais-valia desta tipologia de projetos, que associou uma pluralidade de agentes económicos e de instituições de saber.
Ana Sanches Silva licenciou-se em Ciências Farmacêuticas, pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra e adquiriu o grau de Doutor em Farmácia pela Universidade de Santiago de Compostela, com louvor e distinção. É atualmente Investigadora Auxiliar Convidada do Departamento de Alimentação e Nutrição do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Lisboa).
Nos últimos anos tem participado e coordenado inúmeros projetos de investigação, nomeadamente na área das embalagens alimentares. É autora de mais de 80 artigos ou capítulos em revistas e livros científicos. Os seus principais interesses de investigação são o desenvolvimento de embalagens ativas e inteligentes, análise de contaminantes das embalagens alimentares com novas metodologias analíticas e estudos das interações embalagem-alimento.
Foi investigadora principal do projeto Rose4Pack que decorreu entre Abril de 2013 e Agosto de 2015, tendo-lhe sido atribuído o prémio Food and Nutrition Awards 2016 na categoria Investigação e Desenvolvimento.
2. Entrevista a Ana Sanches Silva | Responsável pelo projeto
> De forma muito sucinta descreva-nos o projeto e os resultados que obtiveram no trabalho de investigação
O projeto Rose4Pack teve como objetivo o desenvolvimento de uma embalagem biodegradável ativa com extrato de alecrim (Rosmarinus officinalis L.) para incrementar a vida útil dos alimentos. O Rose4Pack, que decorreu durante 2 anos e 5 meses, com início em Abril de 2013, foi um projeto de investigação financiado por Fundos FEDER, através do Programa Operacional Fatores de Competitividade – COMPETE (FCOMP-01-0124-FEDER-028015) e por Fundos nacionais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia (PTDC/AGR-TEC/3366/2012).
Em relação aos resultados obtidos, nesta altura, não podem ser divulgados detalhes, na medida em que se encontra a decorrer um processo de registo de patente nacional.
> Este projeto teria sido possível sem o financiamento do COMPETE?
Tendo em conta a dimensão do projeto, o financiamento do COMPETE foi, sem dúvida, decisivo na concretização dos objetivos iniciais.
> Como reagem as empresas a propostas de trabalho em consórcio, sobretudo quando se trata de desenvolvimento de produtos diferenciadores?
Hoje em dia, verifica-se uma alteração na mentalidade, quer dos consumidores quer da indústria, em particular da indústria alimentar e da indústria das embalagens para alimentos. Os consumidores estão cada vez mais informados e “exigem” alimentos de maior qualidade e mais seguros. Para satisfazer este requisito, a indústria alimentar está atenta a novas tendências e habitualmente mostra-se sempre muita interessada em desenvolver produtos diferenciadores que zelem pela saúde dos seus consumidores. Daí a importância de serem estabelecidos consórcios entre a indústria e unidades de investigação e desenvolvimento.
> A relevância nesta fase é a transferência da tecnologia para o mercado. Quais são as próximas etapas?
De momento, uma parte dos resultados do projeto foi submetida a processo de patente e encontra-se pendente de aprovação.
> Rose4Pack, já é uma patente nacional?
Como acabo de mencionar, ainda não. Estamos a aguardar a sua aprovação.
3. Síntese do projeto Rose4Pack
O projeto Rose4Pack é o acrónimo de Embalagem biodegradável ativa com extrato de alecrim (Rosmarinus officinalis L.). Este projeto de investigação abordou questões pendentes e relevantes sobre a nova geração de embalagens alimentares, tais como:
> As embalagens podem interagir positivamente com os alimentos embalados? > Uma embalagem ativa pode ser eficaz e segura simultaneamente? > Uma embalagem ativa pode ajudar a promover a qualidade dos alimentos e indiretamente a saúde do consumidor?
O projeto “Rose4Pack” visou desenvolver e avaliar a eficácia de uma nova embalagem alimentar ativa que incorpora extrato de uma planta com propriedades antioxidantes. Aliás, o fator crítico de sucesso deste projeto foi o uso de extrato de alecrim (Rosmarinus officinalis L.), o qual foi aprovado como aditivo alimentar (Diretivas 2010/67/EU e 2010/69/EU).
As novas embalagens ativas têm capacidade antioxidante devido à incorporação de compostos fenólicos. Assim evitam, ou pelo menos, atrasam a oxidação lipídica, aumentando o prazo de validade dos alimentos embalados. Como consequência as novas embalagens contribuem para a proteção da saúde dos consumidores porque permitem a ingestão de alimentos mais seguros durante mais tempo. Adicionalmente as novas embalagens podem permitir que sejam adicionados aos alimentos menores quantidades de conservantes ou mesmo que estes sejam isentos dos mesmos.
Fonte: Compete 2020